As tendências de consumo, as oportunidades de negócio, a necessidade de inovar em novos formatos e as formas de conectar com o consumidor foram os temas principais da terceira edição da Butternut Conference. O evento, organizado pela Sakata e Love Klabaza/Love Butternut, a associação de produtores de abóbora butternut de Espanha e Portugal, reuniu mais de 100 participantes de toda a cadeia, desde o setor de melhoria vegetal até chefs, passando pelos produtores, indústria e distribuição.
Com um cenário muito positivo, que aponta para um aumento de 20% no consumo de abóbora, o objetivo da terceira edição da Butternut Conference centrou-se na análise das oportunidades de negócio: “Já temos abóbora nacional disponível nos 12 meses do ano; graças à melhoria vegetal e à profissionalização dos agricultores, conseguimos uma qualidade excelente. Qual é a chave para ter mais presença nos supermercados e aumentar o consumo?”, questionou Javier Bernabéu, gestor da Sakata Seed Ibérica e apresentador do evento.
Após uma visita ao campo, onde a Sakata mostrou diferentes variedades resultantes da inovação e do constante trabalho de melhoria vegetal, a conferência começou com uma mesa-redonda composta por Sebastián Barber, técnico da empresa Valmuragro, juntamente com Joaquín Navarro e Javier Bernabéu da Sakata Seed Ibérica, que partilharam conhecimento sobre “ter abóbora butternut perfeita durante todo o ano”, aprofundando tratamentos, produção e condições de cultivo.
O potencial da abóbora no supermercado foi o tema central da segunda mesa redonda. José María Lezcano, responsável pela compra de frutas e legumes da Ahorramas, destacou: “As vendas de abóbora registaram um crescimento de 201,51% na I Gama e de 164,83% na IV Gama nos últimos 5 anos”.
Uma tendência global em todos os supermercados, segundo confirmou Gonzalo Trenor, diretor da Ramafrut, empresa de IV Gama fornecedora da Mercadona: “Constantemente testamos novos formatos, e com alguns conseguimos resultados muito positivos, como a abóbora cortada, descascada e embalada, ou a abóbora com 2ª pele”. Como conclusão, Amparo Pellicer, Food Chain Manager da Sakata, lançou um desafio: “A continuidade desta tendência dependerá dos objetivos que definirmos, desde a produção até ao ponto de venda, e da capacidade de inovar e dar visibilidade ao produto para atrair novos clientes”.
Novos formatos e estratégias de comunicação são necessários para conseguir maior visibilidade nas prateleiras e chegar ao consumidor. Este é o objetivo da Love Butternut/Love Klabaza, uma marca-chapéu criada há apenas 3 anos, que engloba a maioria dos agricultores de abóbora de Espanha e Portugal, e que já está a conseguir resultados muito satisfatórios com as suas campanhas publicitárias. “Com 20.000 seguidores nas redes sociais e 600 aparições nos meios de comunicação, a Love Klabaza valoriza o produto, mostrando a diferentes tipos de consumidores a versatilidade de um produto cuja procura aumentou 20%”, informou Cari Plaza, responsável de comunicação e marketing da Sakata Seed Ibérica.
Tanto assim é, que no próximo outono, a Love Butternut lançará uma campanha no Reino Unido com várias ações de marketing para promover o consumo entre a população britânica. “Outro dos desafios é envolver o canal Horeca na sua promoção”, destacou Piedad Coscollá, diretora de marketing da Anecoop. Enquanto isso, Daniel del Toro, divulgador gastronómico, pediu ao setor “mais variedade de formatos como palitos ou chips de abóbora para facilitar a vida ao consumidor final”.
Andy Stalman, especialista mundial em marcas conhecido como Mr. Branding, encerrou o evento analisando as chaves para o sucesso da marca Love Butternut/Love Klabaza: “Os consumidores não procuram comprar um produto, procuram participar na história da marca e em tudo o que está por trás dela, compreender os processos e saber o que está por trás, neste caso, de uma abóbora”.
O evento contou com a colaboração da Fyneco, Afepasa, Fruittoday, FyH, Revista Mercados, Tosca e a Associação espanhola ‘5 ao dia’.
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